2001
Era uma vez, o encontro da ARTETERAPIA com o Estado do Espírito Santo... Um desejo sobrenatural de fazer florescer a semente de um novo começo na forma de afetar o outro. Assim, foi lançada a campanha “Arteterapia? Você vai saber”, um evento para convidar ao I Seminário de Arteterapia do Espírito Santo, realizado em agosto de 2001, no Centro de Artes da UFES.
De fato, a primeira aparição pública da Arteterapia em Vitória, veiculada em meios de comunicação de massa. Esse evento teve como a característica principal trazer questões para o conhecimento desta área do saber tão desconhecida para a população de Vitória e, mesmo dentro dos ambientes institucionais de pesquisa. Logo, a intenção de associar o evento à Universidade Federal do Espírito Santo. O seminário contou com a presença de Arteterapeutas do Brasil como Joya Eliezer, Eveline Carrano, Angela Philippini e abordou os temas: Aspectos estruturantes da comunicação Arteterapêutica: forma, cor, movimento, som; Aspectos Psicofísicos da Arteterapia; Aspectos Psicodinâmicos: imagens, símbolos, sonhos, mitos, narrativas lendárias e pessoais; Aspectos Qualitativos: Avaliação e diagnóstico; Arte e criatividade: a força e fluência dos materiais plásticos em Arteterapia; Arteterapia na educação: por uma pedagogia simbólica, processo de individuação; e, A construção da autoestima através da linguagem plástica.
Desse modo, atenta ao exercício regular e ao caráter profissional da Arteterapia, a Prof. Glícia Manso fundou a AARTES - Associação de Arteterapia do Espírito Santo.
2002
O engajamento da prof.ª Glícia Manso chamou a atenção de jornais que noticiavam suas atividades em prol da difusão do saber arteterapêutico no Estado. Em julho de 2002, o Jornal Metropolitano publicou uma matéria sobre a atuação como Arteterapeuta em seu ateliê. Em novembro de 2002, seu trabalho também foi notícia no Jornal do Tribunal de Contas. Foram inúmeras ações na cidade de Vitória. A atuação concentrada e massiva foi encontrando adeptos. Pessoas curiosas e interessadas na profissão começaram a se despertar para a formação deste profissional.
2003
Realização do Fórum Brasileiro de Arteterapia no Espírito Santo, onde foi fundada a UBAAT - União Brasileira das Associações de Arteterapia. (U.B.A.A foi a primeira denominação da atual UBAAT - União Brasileira das Associações de Arteterapia em 17/08/2003).
2004
O Espírito Santo recebe o 6º Congresso Brasileiro de Arteterapia, sob a coordenação da profª Glícia Manso. Sediado pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, envolvendo cinco departamentos, recebeu mais de 700 participantes do Brasil e de países como Israel, Áustria, Espanha, Uruguai e Argentina.
2005
O primeiro curso de Arteterapia foi fundado na UFES. A princípio, deu-se o nome de Terapia das Artes, porque ele tinha um tronco comum com a Musicoterapia. Na época, o curso iniciou com mais de 60 alunos e formou apenas 01 turma.
2006
O primeiro curso de Pós Graduação em Arteterapia no Espaço Fênix (atual Instituto Fênix de Ensino e Pesquisa) foi autorizado pelo MEC, seguindo os parâmetros estabelecidos nacionalmente.
2007
Aconteceu o primeiro concurso público do Espírito Santo para o cargo de Arteterapeuta na Prefeitura Municipal de Vitória. Esses concursos colocam o profissional Arteterapeuta em evidência e permitem que ele atue em CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) com diversos públicos como, por exemplo, Saúde Mental, Álcool e outras drogas. Além disso, atua no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) para o público infanto-juvenil e, outros setores de abrangência.
Outra grande conquista da classe foi a carga horária de 30 horas em relação aos demais profissionais da área de saúde como, por exemplo, os Psicólogos.
2013
Em maio, realizou-se o evento que foi um dos marcos para inserção das Práticas Integrativas ao Sistema Único de Saúde (SUS): a Conferência Estadual das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde – PICS que contou com a presença da profª Glícia Manso e os representantes da AARTES. Na ocasião, foram publicados importantes documentos como, “Diretrizes das Políticas de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde” e “Manual de Práticas Integrativas do SUS”. Ambos contemplando a Arteterapia sendo uma das importantes práticas dentro do universo da saúde pública.
O ativismo constante dos Arteterapeutas filiados nas Associações pelo Brasil logrou êxitos valiosos para a profissão. Com isso, foi dado um passo importantíssimo na direção da legalização e reconhecimento da Arteterapia no país. Hoje, a Arteterapia está presente na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO - 226310) – documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e, descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro.
Dessa forma, a promoção da saúde por meio da Arteterapia no Estado vêm crescendo dentro da iniciativa privada, como clínicas, hospitais, planos de saúde, recursos humanos de empresas, projetos sociais e diversas frentes que contam com a força de novos profissionais que se formam, a cada ano, no Instituto Fênix de Ensino e Pesquisa, a única instituição de ensino no Espírito Santo que oferece um curso que segue os parâmetros nacionais definidos pela UBAAT e fiscalizados regionalmente pela AARTES.
2014
Presidido pela profª Glícia Manso, o Estado sediou o 11º Congresso de Arteterapia realizado em Guarapari/ES.
2017
Depois de muitas conquistas, por meio da Portaria nº 145 de 13 de janeiro de 2017, a Arteterapia passou a ser reconhecida como procedimento oferecido pela Política Nacional de Práticas em Saúde (PICS) no SUS, conquistando um dos mais importantes níveis de reconhecimento entre tantas vitórias buriladas pelos precursores no exercício da profissão.
2022
A atuação da associação se intensifica, consolidando seu protagonismo nacional. O Espírito Santo passa a ser referência na defesa e regulamentação da profissão de Arteterapeuta.
2023
O Espírito Santo torna-se o primeiro estado brasileiro a aprovar uma Lei Estadual da Arteterapia, a Lei nº 11.947, de 7 de novembro de 2023, resultado de articulações políticas intensas da AARTES junto ao legislativo estadual e à sociedade civil. A conquista histórica reconhece a importância da Arteterapia como prática profissional e política de cuidado no estado.
A AARTES em parcerias com diversas instituições inicia as Caravanas de Arteterapia, projeto itinerante que leva vivências arteterapêuticas para comunidades em situação de vulnerabilidade em diversos bairros e municípios do Espírito Santo. As caravanas reforçam o compromisso social da associação com o acesso à saúde mental, bem-estar e fortalecimento de vínculos, sendo realizadas em parceria com instituições como a Humaniza Brasil, Secretaria Estadual das Mulheres e a Prefeitura de Vitória.
2024
Vitória sedia o XV Congresso Brasileiro de Arteterapia, presidido pela Prof.ª Glícia Manso. O evento marca um retorno simbólico da Arteterapia ao Espírito Santo após 10 anos, reunindo profissionais de todo o país para debater o tema “O despertar da fantasia e do encanto para o bem viver”. O congresso consolida o Estado como polo nacional da Arteterapia Social, fortalecendo redes e inspirando novas gerações de arteterapeutas.
2025
A AARTES expande o projeto Arteterapia Empresarial, com programas de trainee, estágios supervisionados e vivências para equipes em empresas e organizações. A associação também estrutura seu novo Programa de Estágios em Arteterapia, conectando estudantes em formação com experiências práticas supervisionadas, em parceria com instituições públicas e privadas da Grande Vitória.
A articulação nacional da AARTES fortalece-se com a participação ativa no Fórum da UBAAT, contribuindo para a elaboração de diretrizes da profissão, na defesa da aprovação do Projeto de Lei Federal 3416 que regulamenta a Arteterapia em todo o Brasil que hoje encontra-se no Senado Federal e conta com a mobilização de todas as associações para sua aprovação nas próximas instâncias.